O prazer feminino foi mal visto durante muito tempo pela sociedade

A masturbação feminina é um tipo de prazer que normalmente não é muito bem visto. Esse direito, por muito tempo, ficou recluso na vida das mulheres por não ser agradável aos olhos da sociedade. Infelizmente, a mulher que buscava esse prazer não tinha muita liberdade de se abrir, por ser taxada de que “não era para casar”, dentre outros rótulos. Mas atualmente, a abertura a este assunto é mais visível, e a sociedade percebe que a sexualidade também é uma vertente da saúde.

Para a psicóloga e sexóloga Sônia Eustáquia, a saúde feminina e a sexualidade estão super ligadas e quando se fala em masturbação e orgasmos, só existem benefícios. “Isso precisa estar na rotina da mulher, inserido no conhecimento do próprio corpo dela. Infelizmente, a masturbação está proibida desde cedo na vida da mulher, a menina é reprimida pelos pais ao tocar as genitálias, e isso dá um significado que fica guardado em sua memória, que essa prática não é boa. Isso mais tarde se soma a toda uma cultura que não privilegia o sexo para as mulheres”.

A especialista garante que a masturbação feminina é um ato íntimo que traz muitos benefícios para a saúde da mulher, além do prazer. “Ela pode aliviar o estresse, melhorar a líbido, prevenir incontinência e diminuir a intensidade dos sintomas da TPM e das cólicas menstruais. Masturbar-se é conhecer o próprio corpo, com o objetivo de atingir o orgasmo. Ele pode até mesmo contribuir para a mulher perceber como pode atingir mais facilmente o orgasmo durante o contato íntimo com outro parceiro ou parceira sexual”, afirma Sônia.

Masturbação pode ajudar a reduzir dor durante a relação sexual

Além disso, a sexóloga explica que a dor durante o contato íntimo pode ser diminuída com a masturbação antes da penetração, uma vez que durante este ato a mulher fica mais relaxada e a vagina mais lubrificada, facilitando a penetração. “Técnicas como o Pompoarismo, que fortalecem os músculos do assoalho pélvico e aumentam o prazer sexual também podem ser realizadas.”

De acordo com a psicóoga, explorar a sexualidade é necessário pela questão do conhecimento do corpo, e também para tertarmos mudar a forma como o sexo ainda é feito, garantindo mais prazer na relação. “Se você ainda precisa de estímulo à masturbação ou quebrar algum tabu preexistente, é ideal que um profissional que atue na área de sexólogia seja consultado. Cuidar da sua saúde sexual é também cuidar da sua vida”, afirmou Sônia Eustáquia.

Fonte: Sônia Eustáquia é graduada em Psicologia, Psicanalista, pós-graduada em Neuropsicologia, Sexualidade Humana e Docência do Ensino Superior, a psicóloga Sônia Eustáquia atende em Belo Horizonte promovendo saúde e qualidade de vida aos seus pacientes. Tem formação em Terapia Ericksoniana, especializada no Atendimento Breve individual e de casais, colunista em Revistas e Rádios, Professora e Palestrante.


atualizado em 16/02/2021 - 09:44

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